quinta-feira, outubro 20, 2011

Vestígios de amor.



Tu chegas e já bagunça o armário, o quarto, a vida. Abre as gavetas e vai tirando vestígios tão seus e meus de que um dia fomos nós. O papel surrado em que dizia que seríamos eternos um no outro. As fotos, já enfraquecidas pelas amarguras do tempo, em que estávamos um no outro, um pelo outro. A sua mais bela escrita que continha os dizeres que logo me arrancavam um sorriso bobo e tolo quando menos se espera. Vestígios, teus, amor. Que vivem, ainda. Ali, aqui, em mim.

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