sábado, setembro 25, 2010

Explosão.


Eu quero mesmo é que tudo exploda. E que seja luminosa, a explosão, que ecoe pelos quarteirões e faça tremer teus vidros, quebrar tuas janelas. Que perturbe teu sono e te faça ir pra rua pra ver o que aconteceu. Você não vai me encontrar lá. Eu não sou o piloto. Não sou o passageiro. Não sou o pedestre. Eu sou o acidente, e eu sou grave.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Última ligação.


A: Oi, que bom que tu ligou! ¿Que pasa?
B: Nada demais, liguei pra dizer que eu to com saudade.
A: Hmmm, legal. Que bom, que bom…
B: E aí? O que você anda fazendo.
A: O de sempre.
B: Tava ouvindo a sua música favorita…
A: Todo dia eu mudo minha música favorita.
B: Ok…
A: Terminei de ver o filme…
B: Gostou?
A: Não. Olha, eu não gosto de telefone…
B: Você não está falando com o telefone; está falando comigo!
A: Tu só fala comigo na merda do telefone!
B: Essa pessoa que VOCÊ acha que sou, só existe na merda da SUA cabeça!
A: Posso desligar a minha cabeça, então?
B: Deixa pra lá…
A: “Pela enésima vez, vamos recomeçar tudo outra vez”
B: Isso não é seu.
A: O mundo também não é.
B: Me liga quando você decidir o que quer…
A: É tu quem não sabe o que quer!
B: Mas sei o que não quero.
A: Eu não quero mais falar, eu não quero mais nada…
B: Isso é o que eu não quero. Eu decido, você não.
A: Eu sonho.
B: Vai sonhando, enquanto eu vivo.

Derrepente.


Aí tu tem tudo, todos.
Tu tem uma intimidade ímpar, tu manda no que tu sente.
Derrepente, tu não tem mais. Tu não consegue mais conversar. Tu é íntimo da solidão.
Tu não ouve nada, não vê mais nada.
Eu não poderia prever.

Lost.


É que eu perdi; aí, ganhei de novo. Mas perdi, mais uma vez.
Eu perdi duas vezes, no mesmo lugar.
Eu perdi muito tempo. Não, eu não perdi; Eu estou perdendo muito tempo.
Eu perdi as palavras. Na verdade, estou repleto delas. Não tenho é coragem pra falar.
Eu perdi o sono. Ah, esse eu nem quero mais.
Eu perdi uma porção de camisetas das minhas bandas preferidas.
Eu perdi a razão, perdi a vergonha, perdi meu isqueiro, perdi minha coragem.
Perdi minha coragem, merda.

Me diga.


Então me diga o que você quer,se não faz nada pra eu te encontrar;
Então me mostre o que você tem, se nunca fala o que eu quero escutar.

Preciso de você, aqui.


Enquanto meus braços não são capazes de te alcançar, contento-me com a certeza de que estamos sob o mesmo céu, e com a chance de estares olhando para a mesma estrela que eu. Porque nós dois somos um e nada mais vai ser tão especial quanto nós e as nossas decisões. Sinto sua falta, cinco minutos é pouco pra mim, me devolve a minha eternidade.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Um dia.


Eu gosto do dia nublado porque a fotografia é mais bonita, nada mais do que isso. Eu escrevo sobre magoa - e eu sei disso. Não quer dizer que eu não abuse do meu mais sincero sorriso.

Sobre tu e você.


A: Por quê?
B: Você sabe que eu não sei falar “Tu”.
A: Tenta, é fácil.
B: Fala “Você”, então.
A: Eu não. Não é assim que eu aprendi.
B: Nem tudo é como a gente aprende. Pelo visto você não aprendeu.
A: Tu que não quis me ensinar.
B: Você não pediu.
A: Me ensina?
B: Não sei mais.
A: Viu? Tu nunca te decide.
B: Por que você sempre quer decidir pra mim?
A: Porque você nunca decidiu por mim.

Sentimento algum.


Não precisa mais gostar de mim. Só não quero que me de motivo pra gostar de você. Talvez eu seja mesmo assim: Eu quero tudo que não tenho e fico sempre esperando o que eu não vou ter. Quem sabe eu inventei você do jeito que eu achei melhor. Mas esqueci que era vida real. Não tinha crédito final.

Só hoje.


B: Vamos começar tudo outra vez?
A: Não fui eu quem pediu.
B: Mas você quis.
A: Eu sempre quero.
B: Esse é o seu problema.
A: Meu?
B: Seu.
A: Nosso?
B: Seu. Você sabe que eu sou assim…
A: Assim como?
B: Segura.
A: É mesmo? Tem certeza?
B: Não. Vamos sair daqui?
A: Eu já saí.
B: Então fica…
A: Tu não vai te decidir?
B: Eu te avisei que era assim…
A: Bah, eu nunca vou te entender.
B: Não precisa.
A: Preciso.
B: De quem?
A: De ninguém. Preciso ir embora, mais uma vez.

Tu transformou minha vida.


Eu transformei tua casa numa bagunça. Tu transformou minha vida. Justo.

All about us.


Poesias que não rimam. Realidade que eu inventei. As vidas tão distantes que se completavam. Separadas por loucuras que criei

É claro.


É claro que eu gosto de falar; É claro que eu gosto de ouvir; Se bobear, até gosto de arriscar; Só não gosto de cair...

Isso basta.


É estranho. Estranho amar assim. Sem nunca ter visto. Sem nunca ter tocado. Muitos me chamam de louca por estar completamente envolvida em palavras, palavras essas que me completam, me dão um novo sentido á vida e são capazes de me transformar, você meu amor, faz com que eu me sinta bem, você extrai o que há de melhor dentro de mim... O amor! Amor esse que faz de tudo possível se verdadeiro, amor que enfrenta qualquer barreira, barreiras que nos cercam e que mesmo assim não nos deixam desistir pois sei que quando te encontrar tudo vai valer, cada briga, palavra, brincadeiras, histórias, desde os beijos que ainda estão só em pensamento, até, um "Eu te amo" olhando fixamente em teus olhos. Dane-se quem desacredita que isso não vai dar em nada; eu sei que vai e que vamos ser muito felizes juntos e pra sempre. É tão bom acordar na certeza de que tenho para quem falar de amor, mas melhor mesmo é fechar os olhos para dormir, pois é nos meus sonhos que eu posso te encontrar, te sentir, enfim, aliviar essa vontade louca que tenho em te ter pertinho de mim.

sexta-feira, setembro 10, 2010

Passará.


Passaram-se meses, ele voltou. Foi longo. Doía. Continua doendo. Ainda não acabou. Passa, passará.

Abreviá-lo.


Mas se tivesse ido até o fim, teria voltado? Voltar não será como ir até o fim, não será prolongar o processo em vez de abreviá-lo?

Aflita.


Estava aflita. Esperava um recado, carta, bilhete ou qualquer presença urgente do outro.

Não se preocupe.


Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma?

sábado, setembro 04, 2010

Eu sempre fui sua.


Aí teve aquela cena também, de quando eu fui te dar tchau e você olhou e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua.

Frases feitas.


Se alguém me perguntasse eu não conseguiria explicar. Faltam palavras, descrições, canções. Falta tanta coisa para sentir o que um dia sentimos.
Falta coragem de assumir, coragem de esquecer, coragem de fazer diferente mesmo quando o que se sente continua igual.
E hoje, ao pensar no que escrever eu só consigo me lembrar de uma frase:”Te amo tanto, tanto, tanto que te deixo em paz.”
E sei que você vai ler, e vai me dizer que leu e vai me perguntar se era pra você. E mais uma vez vai me dizer que não quer me machucar.
E eu vou entender. Não vou cobrar nada porque já fomos longe demais. E no fundo eu só quero que você guarde um pouco mais.
E que daqui a muitos e muitos anos nossa memória consiga se lembrar dos nossos jeitos, sorrisos e momentos.
Que o tempo nos permita alguns reencontros sem culpas porque é bom sentir sempre mais uma vez.
Porque mesmo a gente voltando para outros abraços só o nosso valerá a pena.

It ends tonight.


Não me venha com essas histórias de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha vida, veja só que coisa mais individualista, e capitalista, só queria ser feliz, cara.