sábado, fevereiro 26, 2011

Eu quero mais.


Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais verdade. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa.

Vou lembrar de você.


Vou lembrar de você em cada música, em cada palavra, refrão, parágrafo, cor, espátula, pincel. Em cada dia, cada sonho, cada noite, cada madrugada, cada lembrança, cada lágrima. Não vou esquecer de você mesmo te odiando, tendo raiva, nojo, paixão, desamor, desprezo, amor. Em cada livro, cada frase, cada vez que eu respirar…vou lembrar. Minhas noites terão reticências na expectativa de você chegar.

Eu gosto.


Eu gosto de carinho violento. De falar. De estar certa. De quem entende o que eu digo. Dos meus discos. Dos meus livros. De homem que sabe ser homem. De noites em claro e dias em branco.

Nossa culpa.


Ontem chorei, por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Por erros cometidos. Palavras dissipadas. Versos brancos. Pelo amor perdido. (...) Chorei. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje já é outro dia.

Amor desconhecido.


Tenho urgência de ti, meu amor. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Ah, imenso amor desconhecido. Do sonho, do engano: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.

Não me deixe ir, nunca mais.


Minha primeira reação foi susurrar ‘eu te amo’ quando sua boca já estava encostando na minha, e aquele beijo foi diferente de todos os outros, era o que mais havia esperado, tinha um gosto diferente, tinha gosto de desejo, de saudade, tinha gosto de amor de verdade. Ao abrir os olhos senti teu abraço tão apertado, sentia suas mãos me apertarem com força, como se me segurasse firme, pra que eu nunca mais partisse. Tive certeza disso, quando te ouvi dizendo baixinho no meu ouvido "é o primeiro de todos os nossos encontros, não vá pra longe nunca mais".

Eu sei te amar.


Eu vou continuar deixar você falando, mesmo que o assunto não me interesse, só pra ouvir sua voz. Eu vou deixar você rir das coisas mais bobas e que pra mim realmente não tem graça, só pra ver você sorrir. Vou deixar que você ouça as músicas que mais goste, ainda que eu as odeie, só pra te ouvir cantando todo bobo. Eu vou deixar que você fique me olhando até sem querer, mesmo que me deixe sem graça, só pra ver como ficam seus olhos quando me observam. Vou deixar você me pedir o que quiser, só pra que eu realize os seus pedidos. Vou deixar você tendo seus ciúmes sem sentido, só pra te ver com aquela carinha de quem tem razão. Vou fazer de tudo por você, só não vou deixar que você me deixe, eu não saberia continuar se não tivesse você. Então deixa que eu te cuido, deixa que eu te tenha, deixa, pode deixar, deixa que eu vou saber te amar.

Mas é amor.


Se não fosse amor, não haveria planos, nem ciúmes, nem coração magoado. Se não fosse amor, não haveria desejo, nem o medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você. Se não fosse amor eu já teria desistido de nós.

Ele confia. Você o engana.


Ele deposita toda sua confiança em você, o deixa guiá-lo. E não importa para onde você o leve, ele te seguirá. Leve-o para a beira de um penhasco. Ele sentirá o perigo gritando diante de sua face, mas ainda sim dará seus passos a diante, porque sua palavra tem mais certeza que qualquer percepção incerta. Ainda que não a veja, a acha linda. Enxerga sua alma como ninguém, te conhece como ninguém e ainda sim, você o engana.

Eu lembro de você.


Eu lembro, amor. De tudo, cada passo que a gente deu para as diversas direções que já fomos. Lembro das brigas também. Lembro de pensar que o amor é perfeito, que bobeira, o amor é pura imperfeição... Lembro de já ter ficado triste por te deixar triste. Lembro de me sentir mal com isso. Lembro dos momentos em que a gente foi bobo e feliz. Lembro que sou feliz a maior parte do tempo, pelo simples fato de você existir em mim. Lembro de descobrir que um sentimento não serve para ser dito, como coisa que fica bem em filme ou texto, ele tem que ser vivido de forma plena. Lembro de não conseguir me permitir sentir tanta felicidade assim. Lembro de cada coisa que descubro, manias, gestos, pensamentos.

Coisas de quem escreve.


Sou uma mulher de gostos e versos. Um pouco ladra, eu diria. Roubo histórias, bordo palavras, costuro sonhos, desato pensamentos. Coisas de quem escreve, encare assim. Quem fica ao meu redor tem que entender que, vez em sempre, algo será tomado para e por mim, sem dó. Me aproprio indevidamente de vidas e falas. Não leve a mal se por ventura algum dia o seu sossego for passear junto comigo. E se por acaso a insônia se tornar a sua melhor amiga, admita que eu venci.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Hello dear, the angel from my nightmare.


Quero a fala de todas as palavras, o olhar de todos os desejos, a verdade de todas as histórias. Quero a noite toda toda toda. Quero esmiuçar cada detalhe, gritar cada silêncio, desvendar cada segredo. Quero sentir o gosto todo azedo, sem nenhum pitada de açúcar. Quero me lambuzar de fatos esquecidos. Quero chorar de arrependimento, lamúriar sem piedade, sem dó de mim mesma. Quero bancar a desesperada. Quero vomitar minha infantilidade. Quero rir de coisa alguma e chorar ao mesmo tempo. Bancar a idiota e não querer seu colo. Quero viver por inteiro. Quero descobrir seus motivos. Quero ouvir verdades inteiras. Quero ganhar tapa na cara sem dó. Quero rir de tudo isso. Quero fazer nada disso. Apenas, Ouvir...
Quero apenas ouvir as verdades inteiras...

Me deixa te olhar.


E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra, ás vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.

Quero você.


Quero transar com beijo na boca profundo, olhos nos olhos, eu te amo e muita sacanagem. Quero que ele esqueça, de vez em quando, seu lado egoísta, e lembre do meu. Quero sexo na escada e alguns hematomas. Quero que ele respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante.

Me deixa ser sua.


Fica mais um pouco e me deixa fazer parte da sua história. Quero o seu dia-a-dia na minha rotina. Quero nossos assuntos em pauta e nossa falta fazendo companhia. Eu quero mais que solidão a dois e inseguranças tristes para preencher cotidiano. Mais que sorrisos inconvicentes e quase amizades convenientes. Eu quero menos. Menos pensamento, menos dúvida.

Meio-termo.


Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Música. E pessoas inteiras. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores.

Eu quis e eu quero.


Quis algo errado que me fizesse bem só por escapar do caminho óbvio de toda noite. Uma espera no fim do dia, sabe? Essa espera. Não a espera de uma vida toda sem saber o que buscar pra ser feliz. Só sair do dia igual pra ter uma noite diferente. E tornar esse diferente comum só porque é bom estar perto.

sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Minha paz.


Gostaria que estivesse aqui mesmo. Queria uma chance de mostrar o quanto te amo, e o quão bem me faz. Tem sido minha paz interior.

Que seja doce, mais uma vez.


Que seja doce o dia quando eu abrir as janelas e me lembrar de você.
Que sejam doces os finais de tardes, inclusive os de segunda-feira - quando começa a contagem regressiva para o final de semana chegar.
Que seja doce a espera pelas mensagens, ligações e e-mails bonitinhos.
Que seja (mais do que) doce a voz ao falar no telefone.
Que seja doce o seu jeito, seus olhares, seu receio.
Que seja doce a leveza que eu sentirei ao seu lado.
Que seja doce a ausência do meu medo.
Que seja doce o seu abraço.
Que seja doce o modo como você irá segurar na minha mão

Recomeçar.


E recomeçar é doloroso. Faz-se necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Não cabe reconstruir duas vezes a mesma vida numa só existência.

Preciso de você.


Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço. Tenho urgência de ti, meu amor.

Paranóia.


Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada.

Sem razão e sem sentido.


Teve vontade de dar um tiro nela. Mas estava tão desarmado que só conseguiu perguntar com voz meio irregular: - Você não ia fugir comigo?

Crime sem castigo.


E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.

What can I say?


Ás vezes me espanto e me pergunto como pudemos a tal ponto mergulhar naquilo que estava acontecendo, sem a menor tentativa de resistência. Não porque aquilo fosse terrível, ou porque nos marcasse profundamente ou nos dilacerasse - e talvez tenha sido terrível, sim, é possível, talvez tenha nos marcado profundamente ou nos dilacerado - a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.

This is who I am and I am hurting you


Não gosto quando a gente fica falando assim no que não foi, no que poderia ter sido. Eu tenho uma sensação meio de amargura, de fracasso. Você me entende? Como se tivesse a obrigação de ter sido, ou tentado ser, outra pessoa.

Cura.


As pessoas suportam tudo, as pessoas às vezes procuram exatamente o que será capaz de doer ainda mais fundo, o verso justo, a música perfeita, o filme exato, punhaladas revirando um talho quase fechado, cada palavra, cada acorde, cada cena, até a dor esgotar-se autofágica, consumida em si mesma, transformada em outra coisa que não saberia dizer qual era.

Nós podemos ser.


Nós vamos nos ver, nós vamos conversar, sair juntos, provavelmente nos tocar - e de repente tudo pode realmente ser.

tried not ever let you down.


E eu simplesmente não aguento mais ninguém indo embora.

Over my head.


Queria pensar que é esse o sentido, que será esse o depois. Não sei se posso. Há dias, como hoje, em que por mais que minta, sequer consigo ver você.

Volta.


— Não quero saber, não. Estamos de mal pra toda a vida.
— Olha, faz de conta que a toda a vida já passou, tá?

Decidi ser feliz.


To me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto.