sábado, dezembro 08, 2012

A estrela mais linda, brilha no meu céu.



Senti sua ausência. Quero dizer, minha ausência. Mas foi bom. Se ficar longe foi essa tortura, ficar tão perto não deve ser tão ruim assim. Mas ainda não penso que seja amor, não me convenci disso. É melhor. Sei lá, a palavra “amor” me remete a uma casa, um homem e uma mulher, cachorros, contas a pagar, planos de morar num lugar maior. Não dá pra ser amor entre duas crianças grandes num apartamento de um quarto só, dá? Tem muito mais entre a gente, essa incógnita de dois que sabem que não foram feitos pra durar. Você não quer saber nada do meu passado, eu quero saber do seu, mas você quase não abre a boca, e só diz o que interessa. Mas tudo bem, de verdade. Ou bom ou pra sempre. As duas coisas são incompatíveis. Acho que semana que vem estou pintando aí. Estou com vontade da tua boca. Só me sinto segura perto dela, assim eu sei que ela não está fazendo bobagem por aí. Fez frio esses dias. Você não acha? E olha que já é novembro. Mas pra você tanto faz, nunca vi tão calorento. Seja julho ou fevereiro, você sempre acorda empapado. Anda com algum sonho ruim? É comigo? Se for, não me conta, não quero saber. Dormindo contigo, eu nunca me sinto gelada, pelo menos, adoro acordar de manhã com a lombar cheia do seu suor. Eu saí tanto de mim pra entrar na tua que até me sinto uma estranha dentro de mim mesma. E eu sempre tive medo de estranhos. Entende? Você está aí ainda? Você também deve estar achando patético ler isso. Te conheço. Eu não sei se você também não sabe o que mesmo estamos tanto esperando para nos encontrar.

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