Semana passada liguei pro meu melhor amigo e convidei para um cinema. A gente não se falava desde o ano novo, quando tudo deu errado pro nosso lado. De tempos em tempos sumimos, falamos umas coisas horríveis de quem se conhece demais. Ele topou desde que fosse daqui pra frente, preguiça de conversar da briga e tal. E fomos. A gente não se beija nem nada, mas quando vai ver pegou na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe. Eu acho engraçado quando ele fala “Enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “Ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. Somos pra sempre. E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes. Mas meu melhor amigo é meu único amor. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo.
O imprevisto acontece e alguém te encontra. E te reecontra. Te reinventa. Te reencanta. Te recomeça.
quinta-feira, outubro 28, 2010
E eu amo mesmo você.
Porque você não faz parte da minha vida e eu não me importo mais com isso, já tinha me curado do vicio de falar sobre você e de pensar em você. Más depois que sonhei com você, sonho esse que estou quase me convencendo que foi o meu subconsciente, me dizendo que eu não me curei porra nenhuma e que eu amo você de uma maneira incrível e contraditória.
Se vai pra onde?
Quando vai dando assim, tipo umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo. E daí se vai pra onde?
Eu sou o que não sou.
Promessas.
quarta-feira, outubro 27, 2010
Me esquece.
Ela não estava sozinha, estava com a saudade.
Garotas como ela não deveriam ser abandonadas, não deveriam poder abandonar.
Não é o mesmo?
Eu a observo de longe, não é a mesma.
Não sorri, finge
Não ama, abraça
Não sonha, fecha os olhos
Finge que me abraça e fecha os olhos.
Não sente
Me esquece
Não conta
Sente que me esquece e não conta.
Ser for para não me ver, prefiro que nem me olhe.
Me procure
Sinta falta
Queria de volta.
Procure a sua volta e sinta minha falta.
Não pense
Sinta
Não ache
Me procure
Tenha certeza.
Terrível.
Eu trocaria todos os meus amanhãs por um único ontem.
- Você e eu, de novo.
- Pra que?
- Pra sentir tudo aquilo que nos faz bem!
- Não.
- Mas tu ainda me amas, certo?
- Certo.
- Então porque não ficarmos juntos novamente?
- Para não ter que passar por tudo novamente.
- Foi amor...
- Ainda é amor!
- Tu me confunde.
- Não estou aqui para ser a solução.
- Tu estais aqui para ser o meu tudo...
- Desculpa, prefiro ser o nada.
domingo, outubro 24, 2010
O amor é o ridículo da vida.
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim. É, isso é culpa minha, por eu ter me tornado tão insensível, que nem posso mais sentir você aqui. Eu digo o que condiz, eu gosto mesmo é do estrago. Acho que o problema é comigo. As pessoas me cansam, me tiram as forças a tal ponto que eu não consigo abandoná-las. Eu aprendi a odiar as pessoas, mas ainda mais a mim. Na verdade, só amamos quem não precisar de nós. O amor é o ridiculo da vida.
Contanto que ele existisse.
Saudade.
Onde estiver.
sexta-feira, outubro 22, 2010
Look after you.
Eu queria.
Você disse “Oi”; eu respondi.
Você não tinha mais cigarros; eu ofereci.
Você queria andar; corremos.
Você queria beijar; eu também.
Você tinha medo; eu não.
Você tinha algo; eu não tinha ninguém.
Você me beijou. Você me beijou.
Eu queria beijar; você não sabia mais.
Eu queria correr, você fugiu.
Eu tinha você; você não queria nada.
Eu disse “Oi”; você disse “Adeus”.
Eu tenho tantos cigarros; você nem fuma mais.
Queria que você ligasse; você não ligou.
Queria que você falasse; você se calou.
Queria que o tempo passasse; você voou.
Menos.
"Eu preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos, amar menos, sofrer menos ainda. Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Nada em mim pára, nada em mim é morno, nada é pouco, não existe sinal vermelho no meu caminho que se abre e me chama. E eu vou... Com o coração na mochila, o lápis borrado, o sorriso e a dúvida, a coragem e o medo, mas vou... Não digo: "estou indo", não digo: "daqui a pouco", nada tem hora a não ser agora. Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero."
Te dizer, em silêncio.
Obstáculo.
Porto Alegre.
quarta-feira, outubro 20, 2010
Ir embora.
Say when.
Só.
Me traz você, por favor.
De novo fazendo romance em cima de um conto breve.
segunda-feira, outubro 18, 2010
1997.
1997, novembro, ainda me lembro. Era fim de ano eu não tinha nada e você um novo emprego. Foi quando tudo aconteceu. A vida era difícil mas juntos tudo estava bem, algumas brigas claro, mas isso é tão normal quando se quer alguém. Como eu quis você... Eu quis matar todos seus amigos, falsos e fingidos que sorriam ao me ver. E encontrava companhia num copo de bebida, um cigarro ou outra droga qualquer, já que eu não tinha mais você. Reaprender o caminho pra casa não foi algo tão simples, nos primeiros dias eu me perdia nos meus passos sem você. Eu mal sabia o que fazer. De vez em quando a gente se encontrava nas escadas, eu tentava dizer algo e você sempre dava risada. Tudo vai acabar bem. Quase dez anos depois, eu consigo entender que eu tinha que continuar fosse com ou sem você. Nem sei como cheguei aqui, mas saiba que eu estou feliz. A sua falta quase me matou, hoje eu tenho tudo o que eu sempre quis. 1997, ainda me lembro de tudo o que eu quero esquecer.
domingo, outubro 17, 2010
Tudo ou nada.
Sophia.
Sei que eu não vou ser o primeiro e talvez não seja o último a falar, por ter medo de te perder. Quero ver como tudo é lá fora mas você ainda não me deixa entrar, por medo de também querer. Sabe aqueles caras que hoje passam por ai, eles me lembram outro cara que um dia eu conheci. Quando ele viu você, não soube o que falar por medo de ouvir uma resposta que fizesse o coração parar. Mas se eu fosse você daria uma chance pra tentar, Sophia. Quero saber o que sente agora, se ainda sonha ou continua a pensar que nada disso vai valer. Ainda não sabe me dizer direito se me deixa ou se me põe no peito. Eu sei, tem medo de se arrepender. Sabe aqueles dias que nunca vão se apagar, que os outros caras só queriam ocupar o meu lugar. Quando vi você não soube o que falar, por medo de ouvir uma resposta que iria me fazer ficar. E se eu fosse você daria uma chance pra voltar. Então me diz Sophia, o que eu posso fazer pra te ter dentro da minha vida e fora da minha TV. Você me vê, já sabe o que falar. Não tenha medo de dizer alguma coisa pra fazer minha vida mudar. E quando eu ver você, queria uma chance pra ficar.
Adeus.
Agora.
Tarde demais.
Tanto faz.
Podia ser.
quinta-feira, outubro 14, 2010
Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento.
Perde-se a noção do que é ontem e hoje. Perde-se a noção de delírio e objetivo. Perde-se a noção do que é sonho. É que às vezes me acho mais produtivo quando sonhando. Não que eu seja sonâmbulo e saia por aí assustando as pessoas pelos corredores. É que é nos sonhos que eu construo a minha realidade, ao passo que, quando desperto, tento moldar o meu dia à imagem dessa noite de sonhos. De belos sonhos. E se me fosse oferecido um dia de sonho em troca de uma noite de pesadelos? Eu diria sim. Viveria esse dia ao teu lado e jamais dormiria de novo.
O tempo passou.
E aquela velha história se repetiu e teve um fim.
E esse alguém não sou eu.
Você merece alguém que o ame a cada batida do seu coração, alguém que pense a seu respeito a cada instante, alguém que passe cada minuto do dia apenas se perguntando o que você está fazendo, onde está, com quem está e se está bem. Precisa de alguém que possa ajudá-lo a alcançar seus sonhos. Alguém que vá tratá-lo com respeito, que ame cada lado seu, especialmente suas falhas. Você deveria estar com alguém que possa fazê-lo feliz, realmente feliz, flutuando de felicidade. Alguém que deveria ter aproveitado a chance de estar com você. E mesmo que eu tivesse essa oportunidade agora mesmo, eu acho que estaria assustada e amedrontada demais pra tentar.
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